sexta-feira, abril 19, 2013

O Amor ao Eterno


Hoje me permitirei ser um pouco piegas e até mesmo vaidoso... Para adoçar a noite; um pouco, quase nada, da minha autobiografia poética:
Sou uma alma em constante rebuliço, me mecho, me viro; na busca incessante, de gozar da vida, gozar da vida; gozar não é apenas entregar-se ao impulso compulsivo, mas sim permitir que o desejo ganhe alma e a partir disso, ganhe profundidade. É estar mais cônscio de si, do que nutre tua alma, do que te faz acender a chama sagrada, àquela que te remoça. Eu ainda me surpreendo com a minha inocência, coisa incurável, talvez a preservação da alma de menino, pois ainda tremo as pernas, o estômago parece-se revolver-se em si mesmo, como um mar em ressaca, o coração dispara, o sangue gela, as sinapses dão entram em curto, tudo em resumo paralisa. Minha reação mais sincera, de um ser aparentemente nada tímido, contudo, sob o menor elogio, soçobra, liquefaz como um melífluo. Eu, este moço de sorriso largo, coração infante, por vezes rígido e inflexível, como me é custoso sê-lo, porém é dessa força imprescindível que edifico-me, consolido planos em concreta e saborosa realidade. Não diria que sou um sonhador, mas de certo diria um homem de planos. Os planos são como sementes, que carecem de nossa dedicação, entretanto, nada mais favorável à frutificação que a sapiente paciência. Rega com amor tudo aquilo que será colhido como doce fruto. Esta talvez seja a minha única sabedoria em verdade, a de dedicar-me com afinco amoroso, até mesmo obstinado, passional e cego àquilo que me preenche de profunda felicidade. Há um diabo nisto tudo, o da necessidade infinita de segurança, de perenidade, contudo, hoje com algum aprendizado valorizo o efêmero, o instantâneo, porém nada me regozija mais que as coisas que tem permanente duração. Amor ao Eterno. O Eterno é o indelével que habita em mim.