Eu só quero viver, sentir que existi e que existo, não só passar pela vida. Acredito que eu tenha vindo para sentir, e quando falo sentir, é sentir mais; o hiperlativo é o quê parece ser real. Mais, mais e mais, cada vez mais, é o jogo do poder e do desejo. Paixão. Impulsividade. Certo ou errado é o caos da dinâmica do jogo da vida. Vida, morte e renascimento – ciclo intermitente. Somos sempre um esboço emporcalhado da essência que nos habita. Uma casca e uma mentalidade limitada e amarrada a uma conduta pré-estabelecida.
Como num jogo da memória tentamos o tempo inteiro recuperar parte de nós, peças da nossa “humanidade’’ perdida. Dividido entre a carne que grita, que arde de paixão e o silêncio e a vastidão inescrutável do espírito. Querendo sempre ascender, chegar a verdade única, voltar a si mesmo, ao estado primordial, vacilando sobre a navalha da decadência que destroi o templo da existência. O fogo de Prometeu, tão mal assim que ainda arde na pele, e ainda condena a existência. Somos assolados pelos abutres que fustigam as nossas entranhas, dilacerando o perecível. Temperança? Difícil escolher!
"Os sonhos são fugazes. A realidade é mais ainda./A criação é um paradoxo, pois origina-se de seu oposto." Autor Desconhecido
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