sábado, dezembro 18, 2010

Sou Eu o Filho da Carne

Sou eu o filho da carne, da mente desejosa, das vontades perniciosas. No meu andar, e sorriso faceiro gravam-se a expressão da própria provocação. Como um vento que sopra as árvores, eu sou a voz que tumultua as mentes; o olhar que faz o tremer de pernas a graça que faz o ranger dos dentes. Como a serpente que se enrosca por entre galhos, sou a mão que desliza por entre as calças, e revela a ti a mais doce e insana das realidades. Das bestas mais mundanas que perambulam por entre as ruas, destaco-me pela embriaguez de minha presença que desponta de uma suave alegria que inebria as mentes no fiar dos dias. Do tecer de minhas palavras muito se imagina, mas no íntimo dessa fera pouco se domina. Se conhecer, poder se faz, do desconhecer medo se cria; do resguardo de toda alma que se atavia das nébulas de fantasia, de um relicário de memórias recheados de emoções. Do pior dos cataclismas o pior é o sofrer do coração que não se cala no seu rugido que só pede emoção; que os homens a ele temem, mas que de nada deveriam. Que o desejo seja sincero para que de fato seja a fantasia. Que venha a besta noturna faminta de desejo. Que ela venha fecundar a terra, pois como tal és, saciaria seu intento! Venha comer-me no pé, na árvore da vida, dar-te-ei meu sumo, chamado amor.





"Ele desejou nobreza, mas não uma nação para honrá-la. Ele desejou conhecimento, mas não a vontade para aplicá-lo. Ele desejou poder, mas não a longevidade para aproveitá-lo. Ela desejou uma arma, mas não a habilidade para manuseá-la. Ele desejou crescimento, mas não de uma maneira que pudesse controlar. Cuidado com o que desejas!" Autor desconhecido

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